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Rosa-mosqueta

Rosa canina
Rosácea (Rosaceae)


(todos os créditos e direitos da fonte Wikipedia se aplicam)

Rosa canina, comummente conhecida como silva-macha, é uma espécie de planta com flor, de forma arbustiva, pertencente à família das rosáceas e ao tipo fisionómico dos nanofanerófitos.

Nomes comuns

Dá ainda pelos seguintes nomes comuns: rosa-canina (com as variantes roseira-canina, rosa-de-cão e roseira-de-cão); rosa-brava (com a variante roseira-brava); roseira-silvestre, mosqueta e silvão.

Descrição

Trata-se de um arbusto de folha caduca, cujas dimensões podem variar entre 1 e 5 metros de altura. Dispõe de ramos verdosos e fortes, arqueados ou erectos, oiriçados de espinhos chamados acúleos.

As folhas são pinadas, amiúde têm 1 ou 2 acúleos subestipulares, e são compostas com cinco a sete folíolos de margens serradas. Os folíolos, por sua vez, têm um formato ovado-lanceolado e uma base arredondada. O pecíolo tanto pode ter penugem, como ser glabro, estando, por vezes dotado de pequenos acúleos que se estendem pelo ráquis e pela nervura central.

As flores são grandes, medindo entre 4-6 cm de diâmetro, e contam com cinco pétalas, de cor branca ou rosa. As flores podem ser solitárias ou agrupar-se em conjuntos de 2 a 5 e exalam um odor almiscarado. As brácteas são são ovado-lanceoladas e caducam antes da úrnula amadurecer, sendo por vezes substituídas por uma estípula ou folha com 1 a 3 folíolos. A úrnula é esférica ou elipsoidal, costuma ser lisa na superfície, só muito raramente aparece com acúleos, podendo, por vezes, mostrar-se mais carnosa do que lisa. Costuma ter uma coloração próxima do vermelho escuro. As sépalas são lanceoladas, pelosas na face interna e na margem, mas glabras na face externa, caducando antes da flor amadurecer.

Esta planta floresce na Primavera, de Abril a Junho.

Produz um fruto macio, comummente designado cinarrodo, de formato oval ou elíptico, com 1,5 a 2 cm de comprimento, e uma coloração entre o vermelho e o alaranjado.

É uma espécie muito polimórfica, reunindo um vasto rol de formas hibridógenas que se caracterizam pela sua reprodução sexual atípica, em que se formam sempre gametas masculinos com 7 cromossomas.

Distribuição

Encontra-se na maior parte da Europa, no Cáucaso, na Ásia Central e no Próximo Oriente até Afeganistão e Paquistão. Está presente no Noroeste africano e na Macaronésia.

Foi naturalizada na América do Norte, no Chile e no Sul da Austrália.

Portugal

Trata-se de uma espécie presente no território português, mais concretamente, em todas as zonas de Portugal Continental.

Em termos de naturalidade, é autóctone dessas regiões.

Ecologia

Trata-se de uma espécie ruderal, que medra tanto em bosques e matas, como nas orlas de caminhos.

Protecção

Não se encontra protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia.

Usos

Esta espécie, nativa da região mediterrânica era muito apreciada pelos romanos, que as usavam para exornar os seus jardins, incluindo nas villae romanas na Lusitânia.

Com efeito, a silva-macha era um motivo botânico comum na arte romana, figurando nas pinturas de murais dos jardins de Pompeia e nos mosaicos da villa romana do Rabaçal.

As rosas-de-cão eram usadas para fazer grinaldas e para fazer perfumes durante a Antiguidade Clássica, na orla Mediterrânea. Historicamente, os seus frutos - denominados cinarrodo- eram usado para confeccionar geleias, com efeito, hodiernamente, na Bulgária, ainda são aproveitados para fazer vinho doce e chá.

O cultivar Rosa canina assisiensis é o único sem espinhos. Os frutos são usadas como aromatizante na cockta, uma bebida não-alcoólica eslovena.

Farmacologia

A planta tem teor elevado em alguns antioxidantes. O fruto - chamado cinarrodo - é conhecida pelo seu alto nível de vitamina C e utilizado para fazer xarope, chá e marmelada.

Na medicina tradicional austríaca, utilizam-se para produzir uma infusão destinada ao tratamento de infeções virais e doenças dos rins e do trato urinário.

Folclore

No folclore português, a silva-macha ou silvão esteve historicamente associada a práticas mágicas, às mãos de benzedores, para operar curas mágicas sobre os enfermos.

Com efeito, o Livro V das Ordenações Manuelinas, em 1514, cominava o uso do silvão em fervedouros, benzeduras e ensalmos de teurgia ou magia branca, sob pena de açoites públicos e multa até três mil reais.

Galeria de imagens

Referências

Leitura complementar

  • «Flora Europaea: Rosa canina» 
  • Blamey, M. & Grey-Wilson, C. (1989). Flora of Britain and Northern Europe. Hodder & Stoughton. ISBN 0-340-40170-2.
  • Vedel, H. & Lange, J. (1960). Trees and bushes. Metheun, London.
  • Graham G.S. & Primavesi A.L. (1993). Roses of Great Britain and Ireland. B.S.B.I. Handbook No. 7. Botanical Society of the British Isles, London.



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f. Tamanho f. Forma f. Borda Galho Latido Altura Semente Casca de s. Flor Tipo de f. Tipo Tipo
f. Tamanho  < 5 cm f. Forma  composto f. Borda  suave Galho  oposto Latido  suave Altura  < 5 m Semente Casca de s.  suave Flor Tipo de f.  roseta Tipo  decídua Tipo  arbustos
< 5 cm composto suave oposto suave < 5 m suave roseta decídua arbustos
0 Semelhante (LA):
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